Quesos, Cosas, Casas (tradução)

Original

Ricardo Arjona

Compositor: Ricardo Arjona

Os negros têm swing
Os brancos sardas
As monjas têm desejos
As crianças sonhos
Os mortos têm sede
Os vivos culpas
Os ricos têm dietas
Os pobres fome
E no fim, a merda cheira igual
Seja de Príncipe ou de empregada
O suborno tem clientes
A flor odores
Os bons têm paz
Os maus festas
As segundas têm terças-feiras
As sextas-feiras risos
O mal tem um doutor
O tempo tempo
E ainda bem que o cheque alcançará para disfarçar as dívidas

Queijos, coisas, casas
Poréns, paras, porquês
Queijos para estar vivo
Coisas para adornar a casa que tens por tua enquanto possas respirar
Poréns pra te complicar
Paras para explicar por que nos sentimos ferrados se há ar pra respirar?
Por que, se seguimos vivos com vontade de ferrar alguém?

O fraco tem truques
O forte desculpas
Deus tem seus fãs
O mar mistérios
A dor dá sabor a tertúlia
O amor põe asas até num porco
E no fim, uns sonham com sonhar y outros com não sonhar tanto

Queijos, coisas, casas
Poréns, paras, porquês
Queijos para estar vivo
Coisas para adornar a casa que tens por tua enquanto possas respirar
Poréns pra te complicar
Paras para explicar por que nos sentimos ferrados se há ar pra respirar?
Por que, se seguimos vivos com vontade de ferrar alguém?

Quem inventou a propriedade privada não era mais que um vendedor
E converteu o cachorro que sonhava em consumidor
De queijos, coisas, casas
De poréns, paras, porquês
De ouro e bijuteria
De roupa e lavanderia
De merda e Pepto-Bismol