Compositor: Ricardo Arjona
Ela foi o que os outros queriam desde o início
Como as bonecas, e sempre dar razão
Diziam a ela: Tenha a obediência e a ternura
Ser rebelde era coisa de rapazes
E os botões começaram a soltar
E apareceu uma curva que não existia ali
Um decote no lugar dos laços
E a menina se perdeu naquela tarde
É mulher porque sente isso em cada parte
Porque Vênus contou a ela aquela vez
Não digam que ela não pode, sabe arranhar quando não quer
E também quando quer um pouco mais
Ela
Ela
Ela é mulher porque sente isso ao respirar
Sua primeira vez foi um fiasco inesquecível
Que durou o tempo de um bocejo no sofá
Sem jeito, o sexo é tão desagradável
Que ela ficou buscando alguma explicação
Aprendeu a ser sutil com as borboletas
E conheceu o amor na decepção
Foi traída pelo mesmo homem que mandava rosas a ela
Ela foi moldada por tantos erros
É mulher porque sente isso em cada parte
Porque Vênus contou a ela aquela vez
Não digam que ela não pode, sabe arranhar quando não quer
E também quando quer um pouco mais
Ela
Ela
Ela é mulher porque sente ao respirar
Os olhares entre damas parecem dardos, enquanto elas gritam: Solidariedade
Tempo de ressaca na janela, ventos cinzentos, como é difícil viver com a verdade
Ela não é nem fraca nem inimiga
E o amor foi sempre o melhor que aconteceu com ela
É mulher porque sente isso em cada parte
Porque Vênus contou a ela aquela vez
Não digam que ela não pode, sabe arranhar quando não quer
E também quando quer um pouco mais
Ela
Ela
Ela
Ela
Ela é mulher porque sente ao respirar
Ela é mulher e se defende como pode
Não é tão fácil andar por aí
Nem inimiga, nem domada, nem está com medo
Não é panfleto, nem vingança, nem rancor
Apenas mulher