Compositor: Ricardo Arjona
De vez em quando, você se torna artista
Deixando uma tela impressionista
Debaixo do edredom
De vez em quando, com sua aquarela
Você pinta fragmentos de ameixas
Que vão parar até no colchão
De vez em quando, um detergente
Rouba a arte intermitente
Do seu ventre e sua criação
Se é natural quando você é dama
Pintar rosas na cama
Uma vez de vez em quando
De vez em quando
A cegonha se suicida
E lá está você tão deprimida
Procurando uma explicação
De vez em quando
O céu rouba o milagre de você
O tempo faz um calendário
De uma vez, de vez em quando
De vez em quando
Você me propõe
Greve de fome
Eu algo de imaginação
De vez em quando, a Lua nova
Vem tirar o que renova
E colocar outra ilusão
De vez em quando, sou invisível
Para tentar, na medida do possível
Não promover o seu mau humor
De vez em quando, não há quem te aguente
E é seu pecado estar distante
E outro pior, ficar ali
E mesmo havendo um recesso obrigatório
E o céu se torna um purgatório
Eu te amo mais de vez em quando
De vez em quando
A cegonha se suicida
E lá está você tão deprimida
Procurando uma explicação
De vez em quando
O céu rouba o milagre de você
O tempo faz um calendário
De uma vez, de vez em quando
De vez em quando
Você me propõe
Greve de fome
Eu algo de imaginação
De vez em quando
Seu ventre ensaia para o berço
Seu humor depende da Lua
E eu te amo um pouco mais
De vez em quando
Você tem vontade de tirar uma soneca
Suas hormônios por festas
E o culpado sempre sou eu
De vez em quando
Não há mais relógio do que o do seu corpo
Não há mais luz do que a que você emite
De vez em quando